Vladimir Maiakovski (1893-1930)

Um dia, quem sabe,
ela, que também gostava de bichos,
apareça
numa alameda do zôo,
sorridente,
tal como agora está
no retrato sobre a mesa.
Ela é tão bela,
que, por certo, hão de ressuscitá-la.
Vosso Trigésimo Século
ultrapassará o exame
de mil nadas,
que dilaceravam o coração.
Então,
de todo amor não terminado
seremos pagos
em inumeráveis noites de estrelas.
Ressuscita-me,
nem que seja só porque te esperava
como um poeta,
repelindo o absurdo quotidiano!
Ressuscita-me,
nem que seja só por isso!
Ressuscita-me!
Quero viver até o fim o que me cabe!
Para que o amor não seja mais escravo
de casamentos,
concupiscência,
salários.
Para que, maldizendo os leitos,
saltando dos coxins,
o amor se vá pelo universo inteiro.
Para que o dia,
que o sofrimento degrada,
não vos seja chorado, mendigado.
E que, ao primeiro apelo:
– Camaradas!
Atenta se volte a terra inteira.
Para viver
livre dos nichos das casas.
Para que doravante
a família seja
o pai,
pelo menos o Universo,
a mãe,
pelo menos a Terra.Vladimir Maiakovski (1893-1930)

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Apologia da História ou O Ofício de Historiador – MARC BLOCH

Apologia da História ou O Ofício de Historiador

Marc Bloch – Apologia da História

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A Sociedade Feudal – MARC BLOCH

A Sociedade Feudal – MARC BLOCH.

Marc Bloch – A Sociedade feudal

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O Homem Cruel

Friedrich Nietzsche, in ‘Humano, Demasiado Humano’

O Homem Cruel

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Da porta para dentro: Servilismo doméstico é uma dominação oculta, que subjuga e desumaniza a mulher

“Naquela altura nem se punha a hipótese de desobedecer ou contrariar. (…) Eu interiorizava esse sofrimento para mim mas… tomar qualquer atitude de rebeldia… nem pensar. Não me passava pela cabeça. Sofria muito”. Na história da vida privada permanece oculta uma figura feminina central: a trabalhadora doméstica. Relatos como o de Amélia Torcato sobre sua experiência na década de 1960 em Portugal trazem à tona o passado de mulheres cuja vida foi marcada pela pobreza e pelo servilismo no lar.

Da porta para dentro

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